do crescimento, na maioria das vezes,
além do exame clínico é necessário realizar
uma telerradiografia de perfil e
póstero-anterior, com cefalometria, para
chegarmos à uma conclusão.
Quando a deformidade é pós-trauma a
tomografia computadorizada também deve ser
utilizada para um diagnóstico preciso. É
importante ressaltar a necessidade de uma
correta avaliação para diferenciarmos a
deformidade pura do mento da deformidade de
toda a mandíbula (quando há alteração na
"mordida" ou oclusão dentária). Este engano
de avaliação é comum e pode ser danoso para
o paciente pois o tratamento é diferente
para uma e outra alteração.
Como se trata?
Como em toda a cirurgia estética a indicação
de tratamento deve partir da vontade do
próprio paciente, isto é, o tratamento das
deformidades estéticas só deve ser feito por
auto-indicação. O papel do cirurgião
plástico é estabelecer se os anseios do
paciente são reais, que tipo de tratamento é
mais indicado para cada caso e mostrar que
este é um tratamento médico, com todas as
suas características (limitações, riscos).
A idade mínima para a correção, desde que
respeitados os princípios acima, é a
adolescência, 2-3 anos após a primeira
menstruação. Nos casos em que a deformidade
é devido a trauma ou malformações congênitas
este prazo normalmente é muito abreviado.
Uma avaliação clínica e laboratorial
pré-operatória é fundamental para
estabelecer se o paciente está em boas
condições para submeter-se a um procedimento
anestésico e cirúrgico.
A mentoplastia pode ser para retroposicionar,
avançar, encurtar ou alongar o queixo,
corrigir desvios ou alterar a forma.
O tratamento cirúrgico, na imensa maioria
das vezes, pode ser feito através de cortes
internos na boca, sem cicatrizes externas. A
pele é descolada e um corte é feito no osso
para que ele possa ser reposicionado e
fixado. No final a pele se acomoda à nova
estrutura. Raramente pode ser necessária a
utilização de enxertos de osso da própria
pessoa. Os pontos são todos internos e
normalmente não precisam ser removidos.
Outra opção para a mentoplastia é a
utilização de materiais aloplásticos ou
próteses. Atualmente dois materiais são os
mais utilizados: o politetrafluoroetileno e
o silicone rígido. A vantagem deste método é
que a cirurgia é um pouco mais simples. As
desvantagens são: a utilização de um
material estranho ao organismo e o custo do
material.
A anestesia pode ser local, local com um
anestesista propiciando uma sedação, ou
geral. A escolha do método de anestesia,
sempre em comum acordo com o anestesista,
levará em consideração o tamanho da
cirurgia, as condições clínicas e
psicológicas do paciente. Apesar de poder
ser realizada em caráter ambulatorial (alta
hospitalar logo após a recuperação da
anestesia) é mais seguro e cômodo para o
paciente permanecer a primeira noite no
hospital.
O paciente fica com um curativo, esparadrapo
de papel (micropore) por um período de 5-7
dias.
Os cuidados pós-operatórios variarão segundo
a magnitude do procedimento efetuado. Sempre
haverá um inchaço, maior nos primeiros 2
dias, que gradativamente vai diminuindo. Em
geral 7-10 dias é o tempo suficiente para o
paciente retornar às suas atividades sociais
e laborais. É importante ressaltar que as
alterações de cicatrização e acomodação dos
tecidos em seu novo local seguem por mais
algum tempo. Pelo menos três meses são
necessários para se observar o resultado
final do tratamento. |